Contenido creado por José Luis Calvete
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A festa em casa

Completam-se 30 anos da 14ª Copa América conquistada pelo Uruguai, a última em Montevidéu.

23.07.2025 09:27

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2025-07-23T09:27:00-03:00
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Hoje, 23 de julho de 2025, completam-se 30 anos da 14ª Copa América conquistada pela seleção uruguaia. Naquela tarde de domingo, com o Estádio Centenário lotado, o time dirigido por Héctor Pichón Núñez venceu a final contra o Brasil nos pênaltis (5-3) após empatar 1-1 no tempo regulamentar.

A conquista ocorreu em meio a uma década muito difícil para a Celeste, que vinha de não se classificar para a Copa do Mundo do ano anterior e de campanhas muito fracas nas edições do Chile 1991 e Equador 1993, torneios que não foram disputados com seu máximo potencial. Além disso, ambos foram vencidos pela Argentina, que com esse bicampeonato ultrapassou no histórico de títulos.

As Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos foram marcadas pelo conflito entre o técnico Luis Cubilla e os jogadores que atuavam no futebol europeu, como Nelson Gutiérrez, Enzo Francescoli, Ruben Sosa, José Herrera, Ruben Pereira, Carlos Aguilera e Daniel Fonseca.

Depois que Ildo Maneiro assumiu para a fase final das Eliminatórias, Roberto Fleitas dirigiu interinamente na derrota por 5-0 para a Alemanha em outubro de 1993, e Pichón Núñez estreou como técnico em outubro de 1994. O objetivo era claro: manter o histórico invicto na Copa América, um torneio que o Uruguai sempre venceu quando foi anfitrião.

O Pichón teve 14 partidas amistosas antes da estreia, em 5 de julho de 1995, entre seleções e clubes. Um dos adversários foi o Colo Colo, que foi derrotado por 2-1 no Tróccoli em 18 de junho. Osvaldo Canobbio, que acabou não ficando no plantel campeão, marcou os dois gols em uma tarde que Paolo Montero sempre lembrará. O então defensor do Atalanta sofreu uma entrada dura, fraturou-se e não pôde integrar o time no qual seria titular.

O caminho para o título começou com uma vitória por 4-1 sobre a Venezuela, com gols de Daniel Fonseca, Marcelo Otero, Enzo Francescoli e Gustavo Poyet. Quatro dias depois, veio a vitória por 1-0 sobre o Paraguai com um golaço de Francescoli, e no dia 13 empatou 1-1 com o México. Marcelo Saralegui marcou, aos 79’, o gol que selou o resultado e manteve o histórico invicto.

Nas quartas de final, derrotou a Bolívia por 2-1 com gols de Marcelo Otero e Daniel Fonseca, que sofreu uma lesão muscular e perdeu a semifinal do dia 19 contra a Colômbia, resolvida com vitória por 2-0 com gols de Edgardo Adinolfi e Marcelo Otero.

Brasil, o campeão mundial vigente, chegou à final após vencer a Argentina nos pênaltis nas quartas de final e os Estados Unidos por 1-0 em Maldonado, na segunda semifinal. Aos 30’, abriu o placar com gol de Túlio, em uma jogada que resultou na fratura da tíbia de Tabaré Silva ao tentar afastar a bola. Adinolfi entrou em seu lugar.

A outra substituição foi a saída de Fonseca ao final do primeiro tempo, junto com Diego Dorta. O Tigre não estava pronto para voltar e parecia fisicamente debilitado. Em seu lugar entrou Pablo Bengoechea, que foi decisivo com uma cobrança de falta que empatou o jogo aos 51’, deixando o goleiro Taffarel parado no gol da tribuna Colombes.

Pouco tempo depois, vieram os pênaltis e o Uruguai não errou. Francescoli, lesionado no ombro, marcou a primeira cobrança, seguido por Bengoechea, Pepe Herrera, Álvaro Gutiérrez e Sergio Manteca Martínez, que selou o título. Do outro lado, marcaram Roberto Carlos, Zinho e Dunga, enquanto Túlio desperdiçou a terceira cobrança, defendida por Fernando Álvez.

Jogaram Fernando Álvez; Gustavo Méndez, José Herrera, Eber Moas e Tabaré Silva (35’ Edgardo Adinolfi); Diego Dorta (46’ Pablo Bengoechea), Álvaro Gutiérrez e Gustavo Poyet; Enzo Francescoli; Marcelo Otero e Daniel Fonseca (46’ Sergio Martínez).

Completaram o plantel os goleiros Claudio Arbiza e Óscar Ferro, os defensores Diego López e Óscar Aguirregaray, os meio-campistas Nelson Abeijón e Marcelo Saralegui, e os atacantes Ruben Fernando da Silva e Ruben Sosa.

Do outro lado, Mário Zagallo escalou Taffarel; Jorginho, Aldair, André Cruz e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio e Juninho (69’ Beto); Edmundo, Túlio e Zinho. Também estavam Darnlei, Dida, Ronaldão, Rodrigo, Narciso, Leandro, Leonardo, Souza, Sávio e Ronaldo, o atacante que anos depois se tornou o maior artilheiro em Copas do Mundo.

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